sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Ernest SIMONI


Sua Eminência Reverendíssima Ernest Cardeal Simoni
Sacerdote

Nascimento: 18/10/1928, em Troshani – Albânia.
Educação: Escola Franciscana aos 10 anos. Em 1928 o Convento Franciscano foi tomado pelos comunistas. Enviado a ensinar em uma remota vila. Serviço militar de 1953 a 1955. Formação clandestina para o sacerdócio em razão da perseguição comunista.
Sacerdócio: 7/04/1956 para a Diocese de Scutari.
Ministério Pastoral: ministério clandestino; de 1963 a 1981 viveu na prisão; 1981 a 1990 realizou trabalhos forçados; desde a queda do comunismo desempenhou o ministério sacerdotal em diversas paróquias.
Cardinalato: 19/11/2016 para a diaconia de Santa Maria "della Scala".


Criado cardeal com mais de 80 anos de idade, jamais participará de qualquer conclave.

Um comentário:

  1. O Cardeal Ernest Simoni, realmente é um herói da fé do século XX e XXI, pois sua história lembra um pouco a de São Nicolau de Bari, que foi perseguido durante o império romano, passou por torturas, e foi liberto da prisão quando o império tornou-se cristão, consta-se que o imperador Constantino chegou a beijar as feridas de São Nicolau, após libertá-lo da prisão, o curioso é que o terrível Partido do Trabalho da Albânia (comunista), foi substituído pelo atual Partido Socialista da Albânia, com um programa social-democrata, cujo líder e primeiro ministro Edi Rama, que pela idade foi formado naquele ferrenho ateísmo, isto é, enquanto o padre Ernest sofria na prisão, Rama recebia na escola formação atéia, no entanto como primeiro ministro, foi à Santa Sé com sua esposa pedir ao Papa Francisco para realizar esta visita à Albânia em 2014, aposto que quando jovem jamais esperava se encontrar com o Papa, e participar das celebrações por ele presidida em honra dos mártires do cristianismo. Pois é, por aí percebe-se que é Deus quem manda, pois o padre Ernest era para viver todo aquele tempo sob tortura e ameaça de morte nunca cumprida, para se encontrar com o Papa Francisco, dar à ele seu testemunho de Cristo, e ser feito cardeal por ele. Ele nunca deixou de ser sacerdote e pastor, como verdadeiro ministro de Cristo, assim exercendo seu ministério naquela horrível prisão. Ele fez o que o próprio Cristo Jesus fez na em Sua Cruz: "Pai perdoai-os, porque não sabem o que fazem", isto é, o amor aos inimigos. Ele como todos os padres albaneses foram privados da maravilha que é o Concílio Vaticano II, que propõe a atualização litúrgica e pastoral da Igreja para os novos tempos, devido a uma série de questões sociais e culturais. Por isso me pondo no lugar de Ernest Simoni, após sair de uma prisão depois de vinte e sete anos, sem ter conhecido a ação do Vaticano II, como conhecemos no Brasil, não deve ser fácil, pois princípio ele foi criado com a missa em latim, as enciclicas sociais que Mater et Magistra, Pacem in Terris, Populorum Progressio, o tirano Enver Hoxha não deixou que ele conhecesse, realmente foi um martírio, um forte exemplo de vida em Cristo. Agora foi feito Cardeal pelo Papa Francisco, que luta por uma Igreja Ensaída, ou seja, comprometida com a construção do Reino de Deus em Plenitude, por isso que Deus dê forças ao Cardeal Albanês para aderir à ação pastoral do Papa que o convidou para fazer parte do colégio cardinalício, do mesmo modo como lhe deu forças para sobreviver à tirania de Enver Hoxha.

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