quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Cardeais Armenos


O Reino da Armênia foi o primeiro país a adotar o Cristianismo como religião oficial,  no ano 301 d.C. Os armênios haviam sido evangelizados pelos Apóstolos Judas Tadeu e Bartolomeu.

A Igreja organizou-se a partir da obra de São Gregório, o Iluminador, primeiro Catholicós (patriarca) da Igreja Apostólica Armena. Desenvolveu-se um rito próprio, com fortes influências dos ritos bizantino e siríaco.

Os bispos armênios não participaram do Concílio de Éfeso (431 d.C.), mas o Catholicós aderiu às suas definições. Dificuldades, porém, surgiram após o Concílio de Calcedônia (451 d.C.), uma vez que a heresia monofisita espalha-se pelo país, a partir da Síria. Progressivamente, a Igreja Armena se afastou das demais Igrejas Apostólicas, até que o cisma se consolidasse definitivamente no Sínodo de Dvin (610 d.C.). Assim, a Igreja Armena não está em comunhão com a Sé de Roma, nem com as Igrejas Ortodoxas.

A imensa maioria dos armenos (cerca de 93% da população) pertence a esta Igreja oriental não-católica.

Várias tentativa de retorno à comunhão com a Igreja Católica foram feitos, especialmente no tempo das Cruzadas (1198 d.C.) e no Concílio de Florença (1439 d.C.); todos falharam.

No século XVIII, o bispo armeno de Aleppo, Abraham Petros I Ardzivian, aderiu à doutrina calcedoniana e converteu-se ao catolicismo. Após inúmeras perseguições e exílios, pode retornar à Armênia e organizar a Igreja Católica Armena. Em 1742, o Papa Bento XIV o reconheceu como Catholicós-Patriarca de Sis, Cilícia.

Atualmente, na Armênia há pouco mais de 13 mil católicos, de rito armeno e de rito latino. 

Na história dessa Igreja Oriental, dois Patriarcas de Cilícia dos Armenos foram criados cardeais, embora nenhum deles tenha nascido na Armênia. São eles:

Cardeal Andom Bédros IX Hassoun (1809-1884), nascido em Constantinopla, na Turquia;  
Cardeal Krikor Bédros XV Agagianian (1875-1971), nascido em Akhaltzikhe, na  Geórgia.

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