O Patriarcado de Alexandria dos Coptas é a Sé Primacial da Igreja Copta, uma das 23 Igrejas Orientais Sui juris em comunhão com a Igreja de Roma.
A Igreja foi fundada pelo Apóstolo e Evangelista São Marcos por volta do ano 42. Os cristãos do tempo da fundação eram egípcios de língua copta, os quais se distinguiam dos gregos e dos judeus que aí residiam, sobretudo em Alexandria. Muito cedo, como atestam as recentes descobertas arqueológicas, os textos bíblicos e litúrgicos foram traduzidos para a língua do povo simples, o copta.
Também no Egito se desenvolveu a famosa escola teológica de Alexandria, que tanto prestígio deu à Igreja; e nasceu o monaquismo, nas pegadas dos santos Antão, Paulo de Tebas, Macário e Pancômio,
Ali nasceu Ario e sua heresia; dali também partiu o combate à mesma na pessoa do Patriarca Santo Atanásio. Também ali se combateu o nestorianismo e se promoveu o ensino do Concílio de Éfeso presidido por São Cirilo, Patriarca de Alexandria.
Mas o Concílio de Calcedônia não foi recebido com igual adesão. O Patriarca se opôs à fórmula calcedoniana e à intromissão do imperador nos assuntos eclesiais. Foi deposto e, em seu lugar, foi nomeado um Patriarca que professava a fé ortodoxa. Os seguidores de Dióscoro, Patriarca deposto, escolheram um outro e romperam a comunhão com a Igreja universal. Esta Igreja cismática, Igreja Copta Ortodoxa de Alexandria é a principal Igreja cristã do Egito, cerca de 10% da população do Egito e deu origem às Igrejas cismáticas da Etiópia e da Eritreia.
Os seguidores do Patriarca Protério de Alexandria, nomeado pelo imperador, passaram a ser conhecidos como Melquitas, do siríaco Malkoyo, "real, imperial". Com o tempo a Igreja seria conhecida como Greco-Melquita. Passou a usar o grego, em vez do copta, em sua liturgia e assimilou muitos costumes dos bizantinos.
Com o Grande Cisma do Oriente, o Patriarca Greco-Melquita de Alexandria posicionou-se a favor do Patriarca de Constantinopla e rompeu a comunhão com a Igreja universal. Assim, no Egito, havia duas Igrejas cismáticas: a Copta não-calcedoniana, amplamente majoritária; e a Greco-Melquita, formada por uma isolada minoria. Esta última abandonou posteriormente o nome Melquita em favor do apelativo Greco-Ortodoxo. Ambas, desde então, alegam possuir a sucessão de São Marcos e a jurisdição sobre o Egito e toda a África.
Em 1442, a representantes da Igreja Copta Ortodoxa assinaram a Bula de união, Cantate Domino, no Concílio de Basileia-Ferrara-Florença. Sem apoio do clero e do povo no Egito, a Bula careceu de qualquer efeito prático. Durante o século XVII chegaram missionários da Igreja latina, principalmente franciscanos, que obtiveram a adesão de alguns coptas. Novamente em 1713, o Patriarca Copta Ortodoxo voltou à comunhão católica, mas também esta adesão não foi duradoura.
Em 1741 o Bispo Copta Ortodoxo Amba Athanasios de Jerusalém tornou-se católico e foi nomeado pela Santa Sé como Vigário Apostólico para atender os cerca de 2 mil coptas católicos no Egito, fruto das missões franciscanas e jesuíticas. Este bispo retornou à Igreja Copta Ortodoxa, deixando a outros sacerdotes o encargo dos fiéis.
Em 1824 o Papa criou um Patriarcado para os Coptas Católicos que, porém, permaneceu no papel. Aqui situa-se o Patriarca Anba Maximos Givaid. Desde a morte do primeiro Patriarca, em 1831, até 1899 a Igreja foi governada por Bispos Administradores Apostólicos. Em 1895, o Papa Leão XIII escolhe como Administrador Apostólico o sacerdote Giorgio Makarios, o qual é sagrado bispo e assume o nome de Cirilo. Em peregrinação a Roma, solicita ao Papa e dele obtém o restabelecimento do Patriarcado. Em 1899, Anba Kyrillos Makarios é elevado à condição de Patriarca, que ocupa até sua renúncia em 1908.
O Patriarcado teve um notável crescimento nos seus primeiros anos, seguidos de um período de grandes dificuldades. Durante os anos que vão da renúncia do Patriarca até 1947, a Igreja novamente é governada por Administradores Apostólicos. De 1947 até o presente sucederam-se cinco Patriarcas de Alexandria dos Coptas, três dos quais criados cardeais da Santa Igreja Romana.
O Rito da Igreja Copta católica é o Rito Alexandrino, o qual foi a razão de dissensão quando as autoridades pró-constantinopolitanas na Igreja Greco-Melquita de Alexandria o quiseram substituir pelo Rito Bizantino, por volta do século XIII. O Rito Alexandrino é compartilhado com os Coptas Ortodoxos do Egito, e com os Coptas, católicos e ortodoxos, da Etiópia e da Eritreia.
Está organizada em 9 Dioceses, entre as quais a de Alexandria, Sé Patriarcal. Além da Catedral de Alexandria, há uma segunda no subúrbio do Cairo, onde está estabelecido o Patriarca. Todas as dioceses se acham no Egito.
Em 1442, a representantes da Igreja Copta Ortodoxa assinaram a Bula de união, Cantate Domino, no Concílio de Basileia-Ferrara-Florença. Sem apoio do clero e do povo no Egito, a Bula careceu de qualquer efeito prático. Durante o século XVII chegaram missionários da Igreja latina, principalmente franciscanos, que obtiveram a adesão de alguns coptas. Novamente em 1713, o Patriarca Copta Ortodoxo voltou à comunhão católica, mas também esta adesão não foi duradoura.
Em 1741 o Bispo Copta Ortodoxo Amba Athanasios de Jerusalém tornou-se católico e foi nomeado pela Santa Sé como Vigário Apostólico para atender os cerca de 2 mil coptas católicos no Egito, fruto das missões franciscanas e jesuíticas. Este bispo retornou à Igreja Copta Ortodoxa, deixando a outros sacerdotes o encargo dos fiéis.
Em 1824 o Papa criou um Patriarcado para os Coptas Católicos que, porém, permaneceu no papel. Aqui situa-se o Patriarca Anba Maximos Givaid. Desde a morte do primeiro Patriarca, em 1831, até 1899 a Igreja foi governada por Bispos Administradores Apostólicos. Em 1895, o Papa Leão XIII escolhe como Administrador Apostólico o sacerdote Giorgio Makarios, o qual é sagrado bispo e assume o nome de Cirilo. Em peregrinação a Roma, solicita ao Papa e dele obtém o restabelecimento do Patriarcado. Em 1899, Anba Kyrillos Makarios é elevado à condição de Patriarca, que ocupa até sua renúncia em 1908.
O Patriarcado teve um notável crescimento nos seus primeiros anos, seguidos de um período de grandes dificuldades. Durante os anos que vão da renúncia do Patriarca até 1947, a Igreja novamente é governada por Administradores Apostólicos. De 1947 até o presente sucederam-se cinco Patriarcas de Alexandria dos Coptas, três dos quais criados cardeais da Santa Igreja Romana.
O Rito da Igreja Copta católica é o Rito Alexandrino, o qual foi a razão de dissensão quando as autoridades pró-constantinopolitanas na Igreja Greco-Melquita de Alexandria o quiseram substituir pelo Rito Bizantino, por volta do século XIII. O Rito Alexandrino é compartilhado com os Coptas Ortodoxos do Egito, e com os Coptas, católicos e ortodoxos, da Etiópia e da Eritreia.
Está organizada em 9 Dioceses, entre as quais a de Alexandria, Sé Patriarcal. Além da Catedral de Alexandria, há uma segunda no subúrbio do Cairo, onde está estabelecido o Patriarca. Todas as dioceses se acham no Egito.
Governo
Sua Beatitude Anba Ibrahim Isaac Sidrak
Patriarca de Alexandria dos Coptas
Nascimento: 19/08/1955 em Beni-Choqueir, no Egito.
Ordenação Sacerdotal: 7/02/1980
Sagração Episcopal: 15/11/2002 como Bispo de Minya dos Coptas.
Eleição Patriarcal: 15/01/2013.
Ordenação Sacerdotal: 7/02/1980
Sagração Episcopal: 15/11/2002 como Bispo de Minya dos Coptas.
Eleição Patriarcal: 15/01/2013.
Houve, na história da Igreja Copta Católica, três outros patriarcas revestidos da púrpura cardinalícia:
Cardeal Patriarca Stephanos I Sidarouss (1904-1987)
Cardeal Stephanos II Ghattas (1920-2009)
Cardeal Antonios I Naguib (1935-2022)
Site Oficial do Patriarcado: http://www.copticcatholicpatriarchate.net/ProvaJ/
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