quinta-feira, 31 de outubro de 2013

1ª Criação Cardinalícia do Papa Francisco

[Atualizado em 31 de outubro de 2013]

O Santo Padre, Papa Francisco, tem a intenção de criar novos cardeais em um consistório público na próxima Festa da Cátedra de São Pedro, em 22 de fevereiro de 2014, conforme nota da Sala de Imprensa da Santa Sé. 


O número de vacâncias no Colégio Cardinalício será de 14, chegando a 16 no mês seguinte. O nó górdio a desatar é atender a tantas sedes com tão poucas vagas.

Minha lista:

Cúria Romana (Cardeais Diáconos)

1. Secretário de Estado: Dom Pietro Parolin (17.01.1955), italiano
2. Prefeito da Congregação para o Clero: Dom Beniamino Stella (18.08.1941), italiano.
3. Prefeito da Doutrina da Fé: Dom Gerhard Müller (31.12.1947), alemão.

Residenciais (Cardeais Presbíteros)

4. Arcebispo de Salvador: Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, SCJ (19.09.1943), brasileiro.
5. Arcebispo de Mechelen-Bruxelas: Dom André-Joseph Léonard (6.05.1940), belga.
6. Arcebispo de Turim: Dom Cesare Nosiglia (5.10.1944), italiano.
7. Arcebispo de Westminster: Dom Vincent Nichols (8.11.1945), inglês.
8. Arcebispo de Luanda: Dom Damião António Franklin (9.08.1950), angolano (1)
9. Arcebispo de Santiago: Dom Ricardo Ezzati Andrello, SDB (7.01.1942), chileno.
10. Arcebispo do Rio de Janeiro: Dom Orani Tempesta, OCist (23.06.1950), brasileiro.
11. Patriarca de Lisboa: Dom Manuel José do Nascimento Clemente (16.07.1948), português.
12. Arcebispo de Seul: Dom Andrew Soo-Jung (5.12.1943), sul-coreano.
13. Arcebispo de Buenos Aires: Dom Mario Aurelio Poli (29.11.1947), argentino.
14. Arcebispo de Quito: Dom Fausto Gabriel Trávez Trávez, OFM (18.03.1941), equatoriano.
15. Patriarca de Veneza: Dom Francesco Moraglia (25.05.1953), italiano.


Entre os novos cardeais poderão figurar alguns eclesiásticos que, tendo ultrapassado os 80 anos de idade, receberão o “barrete” a título meramente honorífico, sem que possam tomar parte em futuros conclaves. O número destes, portanto, não cria qualquer dificuldade em atender à disposição canônica de não ultrapassar de 120 cardeais eleitores.

(1) Se o Papa preferir criar cardeal um africano oriundo de um país que não tenha um cardeal vivo, a escolha provavelmente recairá sobre o Arcebispo de Antananarivo (Madagascar): Dom Odon Marie Arsène Razanakolona. Se preferir um africano de um país que jamais teve qualquer cardeal, a escolha pode recair sobre o Arcebispo de Bujumbura (Burundi): Dom Evariste Ngoyagoye.

(2) Alguns dão como certa a criação de Dom Lourenzo Baldisseri, secretário do Sínodo dos Bispos, segundo um costume algumas vezes observado. Conta a favor o fato de o Papa Francisco lhe ter oferecido seu solidéu cardinalício após a eleição ao Sólio Pontifício. Tal gesto, entretanto, não condiciona o Papa, sobretudo em se tratando de um Papa propenso a ignorar protocolos. Dos quatro secretários do Sínodo, dois foram cardeais, um foi elevado posteriormente ao cardinalato e o último, transferido sem ter sido criado cardeal.

Evidentemente o Santo Padre não está obrigado a fazer cardeais nenhum dos prelados acima, mesmo em se tratando de sedes tradicionalmente cardinalícias. E, em se tratando do Papa Francisco...

6 comentários:

  1. Quem também completa 80 anos exatamento no dia 19/10 é Dom Geraldo Magela Agnelo, cardeal arcebispo emérito de Salvador. Dom Murilo, primaz do Brasil, deverá ser feito cardeal, também...

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  2. De fato. Não creio, entretanto, que serão criados dois brasileiros contemporaneamente, com tão poucas vagas. E supondo que um deles será preterido, ponho minhas fichas em Dom Orani, por uma séria de razões. Dom Murilo terá de esperar um segundo consistório do Papa Francisco.

    O Editor

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  3. Corrigindo: "não serão criados dois brasileiros contemporaneamente".

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  4. Acho que faltou Dom Felippo Santoro arcebispo de Taranto que e um base cardealística

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  5. Guilherme,
    A bem da verdade, Taranto não é uma sede cardinalícia. O último cardeal-arcebispo de Taranto foi Gil Carrillo de Albornoz, entre 1630 e 1637. Ele, no entanto, já fora criado cardeal 3 anos antes de sua nomeação para Taranto. Mais recentemente, Salvatore de Giorgi, arcebispo de Taranto, entre 1987-1990, foi criado cardeal, mas somente depois de sua transferência para Palermo, no consistório de 21.02.1998.

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